Brigada Militar reforça o policiamento na maior reserva indígena do RS após conflitos
Terça, 22 de Outubro de 2019 às 17:38
Após o cacique caingangue Carlinhos Alfaiate sofrer um atentado a tiros e ter a casa incendiada no fim de semana por opositores que tentam tomar o poder, a tensão continua grande na maior reserva indígena do Rio Grande do Sul. A reserva Guarita, fica entre os municípios de Tenente Portela, Miraguaí e Redentora, próximo à Argentina.
Um aliado dele, também sofreu atentado a tiros na noite de segunda-feira (21), em Redentora. E, no mais recente episódio de violência, uma escola indígena fechou as portas na manhã desta terça-feira (22) e mandou os 174 alunos para casa, sem prazo de reabrir. Os professores teriam recebido mensagens de WhatsApp dizendo que o colégio seria incendiado por opositores do atual cacicado.
A escola é a Rosalino Claudino, com 174 alunos, situada na Linha Bananeira, região que tem influência do atual cacique. Existem outros 12 colégios na área indígena.Os desafios à autoridade de Carlinhos Alfaiate partem do vice-cacique, Vanderlei Ribeiro, o Vandinho, que se intitulou novo chefe da reserva. Há relatos nas polícias Civil e Federal de que comandados dele e de outro chefe dissidente seriam os autores do atentado contra Alfaiate. Por outro lado, seguidores de Vandinho relatam terem sido presos e torturados por ordem do cacique atual.O cacique Alfaiate passou a manhã em contato com chefes indígenas de outras regiões do RS, como os das comunidades caingangues da Serrinha (próximo a Ronda Alta) e de Nonoai para alertar sobre o temor que existe na região.
Para tentar coibir a violência na reserva, a Brigada Militar reforçou o patrulhamento. Um comboio de sete viaturas do 7º BPM, sediado em Três Passos, com guarnições armadas de fuzis, tem percorrido todos os principais pontos da área indígena, que tem 23 mil hectares e 17 núcleos habitados por índios. São mais de 7 mil caingangues e 800 guaranis.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) pediu ao Ministério da Justiça intervenção federal na aldeia, com envio de tropas do Exército, da Força Nacional de Segurança ou da PF, ainda não definido. O ministro Sergio Moro ainda não pronunciou se aceitará o pedido.
Esse talvez seja o único ponto de convergência entre o cacique Alfaiate e seus opositores: nenhum dos lados quer a intervenção.
O pedido de intervenção foi feito pelo coordenador regional da Funai, Aécio Galiza Magalhães, de Passo Fundo, que coordena todas as reservas indígenas do Estado.
Um aliado dele, também sofreu atentado a tiros na noite de segunda-feira (21), em Redentora. E, no mais recente episódio de violência, uma escola indígena fechou as portas na manhã desta terça-feira (22) e mandou os 174 alunos para casa, sem prazo de reabrir. Os professores teriam recebido mensagens de WhatsApp dizendo que o colégio seria incendiado por opositores do atual cacicado.
A escola é a Rosalino Claudino, com 174 alunos, situada na Linha Bananeira, região que tem influência do atual cacique. Existem outros 12 colégios na área indígena.Os desafios à autoridade de Carlinhos Alfaiate partem do vice-cacique, Vanderlei Ribeiro, o Vandinho, que se intitulou novo chefe da reserva. Há relatos nas polícias Civil e Federal de que comandados dele e de outro chefe dissidente seriam os autores do atentado contra Alfaiate. Por outro lado, seguidores de Vandinho relatam terem sido presos e torturados por ordem do cacique atual.O cacique Alfaiate passou a manhã em contato com chefes indígenas de outras regiões do RS, como os das comunidades caingangues da Serrinha (próximo a Ronda Alta) e de Nonoai para alertar sobre o temor que existe na região.
Para tentar coibir a violência na reserva, a Brigada Militar reforçou o patrulhamento. Um comboio de sete viaturas do 7º BPM, sediado em Três Passos, com guarnições armadas de fuzis, tem percorrido todos os principais pontos da área indígena, que tem 23 mil hectares e 17 núcleos habitados por índios. São mais de 7 mil caingangues e 800 guaranis.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) pediu ao Ministério da Justiça intervenção federal na aldeia, com envio de tropas do Exército, da Força Nacional de Segurança ou da PF, ainda não definido. O ministro Sergio Moro ainda não pronunciou se aceitará o pedido.
Esse talvez seja o único ponto de convergência entre o cacique Alfaiate e seus opositores: nenhum dos lados quer a intervenção.
O pedido de intervenção foi feito pelo coordenador regional da Funai, Aécio Galiza Magalhães, de Passo Fundo, que coordena todas as reservas indígenas do Estado.
Fonte: Gaúcha ZH (Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS)
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