Ministério Público Federal pede intervenção para garantir segurança de integrantes da Reserva I
Segunda, 28 de Outubro de 2019 às 14:21
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou um pedido de intervenção federal à Presidência da República para garantir a segurança dos integrantes da reserva indígena do Guarita, que fica na Região Noroeste do Rio Grande do Sul.
A reserva de 23 mil hectares fica entre os municípios de Redentora, Tenente Portela e Erval Seco. No dia 19 de outubro, o líder indígena do local, Carlinhos Alfaiate, foi alvo de uma tentativa de homicídio. A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar o fato.
G1 entrou em contato com a Funai, e aguarda retorno.
Em setembro, chegou ao conhecimento do MPF a informação do surgimento de uma nova crise pela disputa da liderança da Terra Indígena do Guarita, acompanhada de notícias da prática de diversos atos de violência, agressões e ameaças que estavam ocorrendo naquela comunidade.
O MPF informou que para evitar que a crise se agravasse foram realizadas ao menos três reuniões, nos dias 4, 9 e 16 de outubro, com os grupos envolvidos, no objetivo de mediar um acordo entre eles, mas não se teve êxito.
Três dias depois da última reunião, o MPF soube do incêndio e do ataque a tiros contra o cacique Carlinhos. O órgão, então, entrou em contato com a Superintendência da Polícia Federal em Porto Alegre pedindo reforço e apoio de efetivo policial.
“O Ministério Público Federal requisitou a instauração de inquéritos policiais, também conduzidos pelo Departamento de Polícia Federal para, no âmbito criminal, apurar as responsabilidades pelos crimes praticados”, acrescenta a nota do MPF.
‘Eles chegaram atirando com arma de fogo’
Ao G1, Edmilson Alfaiate, filho do cacique, disse que o ataque ocorreu por volta das 18h30 de um sábado, e só estavam os pais na casa.
“Eles chegaram atirando com arma de fogo. O alvo deles era matar o cacique, eu acho, pela quantia de armas que tinham. Cacique fugiu para o mato. Então, duas pessoas entraram na casa, derramaram gasolina e colocaram fogo”, relata Edmilson.
Segundo ele, a mãe saiu da casa e não se feriu. “Perderam tudo. Ficaram só com a roupa do corpo”, conta.
Edmilson disse que os pais estão bastante abalados com tudo o que aconteceu.
“Deixa um trauma muito grande, ser perseguido dessa forma. Essas pessoas não pensam nas famílias que podem sofrer com isso, estava conversando com o cacique. [A mãe] disse que quando dorme, ainda escuta aqueles tiros, parece que está vendo eles fazerem isso na casa”, afirma.
A reserva de 23 mil hectares fica entre os municípios de Redentora, Tenente Portela e Erval Seco. No dia 19 de outubro, o líder indígena do local, Carlinhos Alfaiate, foi alvo de uma tentativa de homicídio. A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar o fato.
G1 entrou em contato com a Funai, e aguarda retorno.
Em setembro, chegou ao conhecimento do MPF a informação do surgimento de uma nova crise pela disputa da liderança da Terra Indígena do Guarita, acompanhada de notícias da prática de diversos atos de violência, agressões e ameaças que estavam ocorrendo naquela comunidade.
O MPF informou que para evitar que a crise se agravasse foram realizadas ao menos três reuniões, nos dias 4, 9 e 16 de outubro, com os grupos envolvidos, no objetivo de mediar um acordo entre eles, mas não se teve êxito.
Três dias depois da última reunião, o MPF soube do incêndio e do ataque a tiros contra o cacique Carlinhos. O órgão, então, entrou em contato com a Superintendência da Polícia Federal em Porto Alegre pedindo reforço e apoio de efetivo policial.
“O Ministério Público Federal requisitou a instauração de inquéritos policiais, também conduzidos pelo Departamento de Polícia Federal para, no âmbito criminal, apurar as responsabilidades pelos crimes praticados”, acrescenta a nota do MPF.
‘Eles chegaram atirando com arma de fogo’
Ao G1, Edmilson Alfaiate, filho do cacique, disse que o ataque ocorreu por volta das 18h30 de um sábado, e só estavam os pais na casa.
“Eles chegaram atirando com arma de fogo. O alvo deles era matar o cacique, eu acho, pela quantia de armas que tinham. Cacique fugiu para o mato. Então, duas pessoas entraram na casa, derramaram gasolina e colocaram fogo”, relata Edmilson.
Segundo ele, a mãe saiu da casa e não se feriu. “Perderam tudo. Ficaram só com a roupa do corpo”, conta.
Edmilson disse que os pais estão bastante abalados com tudo o que aconteceu.
“Deixa um trauma muito grande, ser perseguido dessa forma. Essas pessoas não pensam nas famílias que podem sofrer com isso, estava conversando com o cacique. [A mãe] disse que quando dorme, ainda escuta aqueles tiros, parece que está vendo eles fazerem isso na casa”, afirma.
Fonte: G1
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