Tenente da Brigada Militar armou emboscada para matar funcionário da Corsan no sul do RS
Quarta, 28 de Dezembro de 2022 às 08:20
A motivação teria relação com o fim do casamento do policial
A Polícia Civil concluiu a investigação que apurava as mortes de um tenente da Brigada Militar e de um funcionário da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Os corpos foram encontrados em 14 de novembro, em uma praia em São José do Norte, no sul do Estado. A apuração apontou que o policial militar Jackson Martins, 40 anos, atraiu a vítima, Christian Porto, 46, para o local e o assassinou. Depois, o tenente cometeu suicídio.
A motivação teria relação com o fim do casamento de Martins. Segundo a Polícia Civil, o PM estava se separando da esposa e descobriu que ela estaria conhecendo Porto. A polícia afirma que os dois homens não tinham nenhuma relação nem desavenças antes do fato.
De acordo com o delegado Francisco Leitão Helena, Martins e a companheira estavam em processo de separação havia algumas semanas, decidindo sobre a guarda dos dois flhos e a partilha de bens. O tenente não teria demonstrado incorformidade com a separação, segundo o delegado:
— Em nenhum momento o tenente se mostrou contrariado, inconformado com a separação, não fez nenhum tipo de ameaça à esposa, no sentido de impedir o fim da união. Os dois estavam nesse processo de término, mas tudo amigável. Ele também não fez nenhuma ameaça à vítima, nunca haviam se falado. No depoimento, a companheira estava em choque, claro, disse que jamais imaginaria algo assim.
O casal estava junto havia pelo menos 10 anos e tinha dois filhos. Na polícia, não há registros de violência doméstica contra Martins.
Ainda conforme a investigação, o policial militar utilizou o celular da esposa para atrair a vítima ao local do crime, se aproveitando de um momento de distração dela. Pelo telefone da mulher, Martins teria enviado uma mensagem a Porto, marcando o encontro em um dos acessos da Praia do Mar Grosso, no município. O local não tem grande fluxo de movimento nem moradores nas proximidades. Esses são pontos que levam o delegado a acreditar que o crime foi premeditado:
— Não foi algo de momento, de impulso, acredito que ele premeditou a morte. Em algum momento que teve acesso ao celular da esposa, mandou a mensagem (à vítima).
Assim que Porto chegou ao local, foi baleado pelo PM. Ele foi encontrado sem vida com três marcas de disparos, sendo duas no peito e uma na cabeça. Em seguida, Martins teria também tirado a própria vida. O corpo foi localizado com um ferimento na cabeça. Os dois foram achados perto de seus carros no local do crime.
Perícia
O funcionário da Corsan estaria em um horário de intervalo do trabalho, e por isso usava uniforme da companhia. O PM não estava em serviço.
Os veículos dos dois passaram por perícia, para entender a dinâmica da ação, assim como os celulares do PM e da vítima. Apenas uma arma foi encontrada no local, que pertencia ao tentente, segundo a investigação.
Após o caso, a Brigada Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do tenente. GZH questionou a corporação sobre o resultado da investigação, mas não obteve retorno até a conclusão desta reportagem.
O inquérito da Polícia Civil foi remetido à Justiça no dia 15 de dezembro. De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ-RS), o IP está em tramitação externa com o Ministério Público e deve ser arquivado quando retornar ao Judiciário.
A motivação teria relação com o fim do casamento de Martins. Segundo a Polícia Civil, o PM estava se separando da esposa e descobriu que ela estaria conhecendo Porto. A polícia afirma que os dois homens não tinham nenhuma relação nem desavenças antes do fato.
De acordo com o delegado Francisco Leitão Helena, Martins e a companheira estavam em processo de separação havia algumas semanas, decidindo sobre a guarda dos dois flhos e a partilha de bens. O tenente não teria demonstrado incorformidade com a separação, segundo o delegado:
— Em nenhum momento o tenente se mostrou contrariado, inconformado com a separação, não fez nenhum tipo de ameaça à esposa, no sentido de impedir o fim da união. Os dois estavam nesse processo de término, mas tudo amigável. Ele também não fez nenhuma ameaça à vítima, nunca haviam se falado. No depoimento, a companheira estava em choque, claro, disse que jamais imaginaria algo assim.
O casal estava junto havia pelo menos 10 anos e tinha dois filhos. Na polícia, não há registros de violência doméstica contra Martins.
Ainda conforme a investigação, o policial militar utilizou o celular da esposa para atrair a vítima ao local do crime, se aproveitando de um momento de distração dela. Pelo telefone da mulher, Martins teria enviado uma mensagem a Porto, marcando o encontro em um dos acessos da Praia do Mar Grosso, no município. O local não tem grande fluxo de movimento nem moradores nas proximidades. Esses são pontos que levam o delegado a acreditar que o crime foi premeditado:
— Não foi algo de momento, de impulso, acredito que ele premeditou a morte. Em algum momento que teve acesso ao celular da esposa, mandou a mensagem (à vítima).
Assim que Porto chegou ao local, foi baleado pelo PM. Ele foi encontrado sem vida com três marcas de disparos, sendo duas no peito e uma na cabeça. Em seguida, Martins teria também tirado a própria vida. O corpo foi localizado com um ferimento na cabeça. Os dois foram achados perto de seus carros no local do crime.
Perícia
O funcionário da Corsan estaria em um horário de intervalo do trabalho, e por isso usava uniforme da companhia. O PM não estava em serviço.
Os veículos dos dois passaram por perícia, para entender a dinâmica da ação, assim como os celulares do PM e da vítima. Apenas uma arma foi encontrada no local, que pertencia ao tentente, segundo a investigação.
Após o caso, a Brigada Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do tenente. GZH questionou a corporação sobre o resultado da investigação, mas não obteve retorno até a conclusão desta reportagem.
O inquérito da Polícia Civil foi remetido à Justiça no dia 15 de dezembro. De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ-RS), o IP está em tramitação externa com o Ministério Público e deve ser arquivado quando retornar ao Judiciário.
Fonte: GZH // Foto: Polícia Civil / Divulgação
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