Polícia Civil realiza maior apreensão de crack do RS em sítio no Vale do Sinos
Segunda, 03 de Abril de 2023 às 09:35
No interior do veículo foram encontrados três quilos de cocaína pura e o dinheiro em espécie.
A operação Reditus da Polícia Civil apreendeu 96 quilos de crack em um sítio de Araricá, município com cerca de 6 mil moradores, no Vale do Sinos. É a maior apreensão da droga em operação da corporação no Estado, de acordo com o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).
No local, as equipes ainda encontraram 94 quilos de cocaína e 67 quilos de maconha, além de R$ 20 mil em cédulas. Um homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas e um segundo, que não era investigado inicialmente, mas que saía da parte da frente do sítio no momento da chegada dos agentes também foi conduzido à Delegacia de Polícia e terá sua conduta apurada no inquérito policial. A ação ocorreu na manhã de sábado (1º), mas a divulgação só foi autorizada pela polícia nesta segunda-feira (3).
De acordo com o Denarc, o sítio fica na zona rural do município e funcionava como ponto de depósito e distribuição da droga, que vinha de países da América do Sul. Do local, as substâncias eram transportadas para todo o Rio Grande do Sul.
O imóvel pertence a um dos líderes da facção que tem origem no Vale do Sinos. Ele integra o primeiro escalão do grupo criminoso, está preso e já esteve detido em penitenciária federal fora do Estado. Além da região, o suspeito tem atuação forte no tráfico de drogas na serra gaúcha. O sítio em Araricá está no nome de um terceiro, que também será investigado.
De acordo com a investigação, no monitoramento do homem responsável pela entrega dos entorpecentes nos locais de venda foi constatado que ele comparecia com frequência no sítio em Araricá. No sábado, quando o investigado saiu do interior do sítio e dirigia seu veículo numa estrada na área rural do município foi feita a abordagem.
No interior do veículo foram encontrados três quilos de cocaína pura e o dinheiro em espécie. Em razão da situação de flagrante, a polícia procedeu com buscas no sítio. Num galpão da propriedade foram encontrados os entorpecentes escondidos em tonéis. Também foram apreendidos telefones celulares, material para embalar os entorpecentes, balanças para pesagem da droga e o veículo utilizado para a entrega dos produtos.
Os 94 quilos de cocaína apreendida são de origem peruana e possui altíssimo grau de pureza, segundo a Polícia Civil. Submetida a processos químicos, poderia render até 5 vezes a quantidade ao crime organizado.
As equipes monitoravam o local há dois meses e intensificaram as diligências nos últimos dias. O homem preso seria caseiro do local, mas também ficaria responsável pela guarda e venda da droga, segundo a polícia.
Prejuízo financeiro
Para o diretor-geral do Denarc, delegado Carlos Wendt, a apreensão gera forte impacto para a facção criminosa e interrompe uma das rotas usadas pelo tráfico de drogas na região.
— A gente fica muito satisfeito com os resultados. A investigação começou há um mês, vinha sendo feita sob sigilo e agora resulta na maior apreensão de crack feita pela Polícia Civil no Estado. E nossa investigação agora segue, ela nunca para na apreensão — ressalta Wendt.
A apreensão dos quase 300 quilos de droga na manhã de sábado deixa um prejuízo de mais de mais de R$ 10 milhões para a facção, segundo o Denarc.
O rombo fica ainda mais evidente ao se somar à apreensão realizada em 24 de março, quando foram localizados 57 quilos de crack em uma casa no bairro Kephas, em Novo Hamburgo, também no Vale do Sinos. Na ocasião, ainda foram apreendidos 91 quilos de cocaína e R$ 241 mil em dinheiro no fundo falso de uma pia na cozinha da residência. O dano, neste caso, foi estimado em R$ 6 milhões. O local pertencia à mesma facção.
— É um prejuízo de quase R$ 20 milhões em menos de 10 dias. O Denarc vem fazendo diversas operações em cima desse grupo criminoso, atualmente o de maior evidência no Estado. Estamos focando em grandes apreensões de drogas e em descapitalizar os criminosos, tomando seus patrimônios para enfrequecê-los. Essas duas últimas operações nos mostram que nossa estratégia está dando certo — avalia Wendt.
O grupo criminoso é conhecido por obter imóveis, carros de luxo e até aviões, por meio da lavagem de dinheiro, com valores obtidos com o tráfico de drogas. Os patrimônios são colocados em nome de terceiros, na tentativa de dificultar investigações.
Segundo Wendt, a equipe descobriu a existência do sítio em Araricá durante as investigações em Novo Hamburgo.
No local, as equipes ainda encontraram 94 quilos de cocaína e 67 quilos de maconha, além de R$ 20 mil em cédulas. Um homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas e um segundo, que não era investigado inicialmente, mas que saía da parte da frente do sítio no momento da chegada dos agentes também foi conduzido à Delegacia de Polícia e terá sua conduta apurada no inquérito policial. A ação ocorreu na manhã de sábado (1º), mas a divulgação só foi autorizada pela polícia nesta segunda-feira (3).
De acordo com o Denarc, o sítio fica na zona rural do município e funcionava como ponto de depósito e distribuição da droga, que vinha de países da América do Sul. Do local, as substâncias eram transportadas para todo o Rio Grande do Sul.
O imóvel pertence a um dos líderes da facção que tem origem no Vale do Sinos. Ele integra o primeiro escalão do grupo criminoso, está preso e já esteve detido em penitenciária federal fora do Estado. Além da região, o suspeito tem atuação forte no tráfico de drogas na serra gaúcha. O sítio em Araricá está no nome de um terceiro, que também será investigado.
De acordo com a investigação, no monitoramento do homem responsável pela entrega dos entorpecentes nos locais de venda foi constatado que ele comparecia com frequência no sítio em Araricá. No sábado, quando o investigado saiu do interior do sítio e dirigia seu veículo numa estrada na área rural do município foi feita a abordagem.
No interior do veículo foram encontrados três quilos de cocaína pura e o dinheiro em espécie. Em razão da situação de flagrante, a polícia procedeu com buscas no sítio. Num galpão da propriedade foram encontrados os entorpecentes escondidos em tonéis. Também foram apreendidos telefones celulares, material para embalar os entorpecentes, balanças para pesagem da droga e o veículo utilizado para a entrega dos produtos.
Os 94 quilos de cocaína apreendida são de origem peruana e possui altíssimo grau de pureza, segundo a Polícia Civil. Submetida a processos químicos, poderia render até 5 vezes a quantidade ao crime organizado.
As equipes monitoravam o local há dois meses e intensificaram as diligências nos últimos dias. O homem preso seria caseiro do local, mas também ficaria responsável pela guarda e venda da droga, segundo a polícia.
Prejuízo financeiro
Para o diretor-geral do Denarc, delegado Carlos Wendt, a apreensão gera forte impacto para a facção criminosa e interrompe uma das rotas usadas pelo tráfico de drogas na região.
— A gente fica muito satisfeito com os resultados. A investigação começou há um mês, vinha sendo feita sob sigilo e agora resulta na maior apreensão de crack feita pela Polícia Civil no Estado. E nossa investigação agora segue, ela nunca para na apreensão — ressalta Wendt.
A apreensão dos quase 300 quilos de droga na manhã de sábado deixa um prejuízo de mais de mais de R$ 10 milhões para a facção, segundo o Denarc.
O rombo fica ainda mais evidente ao se somar à apreensão realizada em 24 de março, quando foram localizados 57 quilos de crack em uma casa no bairro Kephas, em Novo Hamburgo, também no Vale do Sinos. Na ocasião, ainda foram apreendidos 91 quilos de cocaína e R$ 241 mil em dinheiro no fundo falso de uma pia na cozinha da residência. O dano, neste caso, foi estimado em R$ 6 milhões. O local pertencia à mesma facção.
— É um prejuízo de quase R$ 20 milhões em menos de 10 dias. O Denarc vem fazendo diversas operações em cima desse grupo criminoso, atualmente o de maior evidência no Estado. Estamos focando em grandes apreensões de drogas e em descapitalizar os criminosos, tomando seus patrimônios para enfrequecê-los. Essas duas últimas operações nos mostram que nossa estratégia está dando certo — avalia Wendt.
O grupo criminoso é conhecido por obter imóveis, carros de luxo e até aviões, por meio da lavagem de dinheiro, com valores obtidos com o tráfico de drogas. Os patrimônios são colocados em nome de terceiros, na tentativa de dificultar investigações.
Segundo Wendt, a equipe descobriu a existência do sítio em Araricá durante as investigações em Novo Hamburgo.
Fonte: GZH // Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
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