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Múmia egípcia de cerca de 2,5 mil anos é identificada no interior do RS
Quinta, 30 de Maio de 2019 às 12:31
Édison Hüttner/PUCRS
A cabeça de uma múmia que integra o acervo de um museu no interior do Rio Grande do Sul foi identificada como de uma mulher egípcia, que viveu há 2,5 mil anos. A múmia de Iret-Neferet estava no Centro Cultural 25 de Julho, em Cerro Largo, Noroeste do Rio Grande do Sul, há mais de 30 anos, sem que ninguém soubesse sua origem.

Segundo o professor Édison Hüttner, que participa do grupo de pesquisadores da PUCRS e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) que estuda a peça, é a primeira descoberta de uma múmia egípcia no Brasil no século 21. Em 1995, estudiosos da área identificaram a múmia Tothmea, em Curitiba, que está resguardada no Museu Egípcio e Rosacruz.

Depois do incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, são os dois únicos exemplares de múmias egípcias conhecidas no país, salienta o professor. A tragédia acabou destruindo seis múmias que haviam sido compradas pela família imperial.

A cabeça que por anos ficou resguardada ao museu no interior do Rio Grande do Sul foi doada por um morador de Cerro Largo, entre o fim dos anos 1970 e o início dos 1980. Hüttner conta que Marcelino Kuntz entregou a peça pouco antes de morrer de câncer.

Ele, por sua vez, havia ganhado a cabeça de um amigo, que era egípcio, durante uma passagem pelo Rio de Janeiro, na década de 1950, conforme informações repassadas pelo museu. A identidade do egípcio não é conhecida, nem como ele conseguiu a múmia.
 
Fonte: Por Janaína Lopes, G1 RS
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