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Parte dos foragidos no Paraguai tem ligação com megatraficante brasileiro
Segunda, 20 de Janeiro de 2020 às 08:05

Pelo menos seis dos 75 foragidos do presídio de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, são ligados ao traficante Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como Minotauro, considerado pelas autoridades policiais como um dos chefes do tráfico na região de fronteira.
Setenta e cinco presos, a maioria membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), fugiram na madrugada deste domingo (19) de uma prisão na cidade paraguaia, que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
Segundo a Polícia Federal, Minotauro comandava o narcotráfico na região até ser preso em fevereiro de 2019 em um apartamento de luxo em Balneário Camboriú (SC). É suspeito ainda de matar um policial civil e uma advogada.
Da lista de foragidos (veja abaixo), Wilian Benjamin Gonzales Salinas, Felipe Diogo Fernandes, Marcos Paulo Valdez, Júlio César Gomes, Ailton Botelho dos Santos e Lucianno de Souza Martinez foram presos em Pedro Juan Caballero dois dias depois da prisão de Minotauro no Brasil, em 7 de fevereiro do ano passado.
Além deles, outros foragidos já figuravam no noticiário local. Timoteo David Ferreira, Allan Gabrecht dos Santos, Luis Antonio Varela da Silva e Laurindo de Souza Neto foram presos em maio de 2017 com um arsenal com coletes a prova de balas e três fuzis (inclusive um AK47). Eles tinham uma mansão como escritório do crime.
PCC E O PARAGUAI
Agosto de 2016 – O traficante Jorge Rafaat Toumani, 56, é morto a tiros, no centro de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia onde morava, em execução planejada pelo PCC. Um traficante que abastecia o PCC e Comando Vermelho, Jarvis Chimenes Pavão, tomou o controle da região
Abril de 2017 – Criminosos invadiram a sede da transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este, próxima à fronteira com o Brasil, e roubaram cerca de US$ 40 milhões. Crime foi atribuído ao PCC
Dezembro de 2017 – O narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, 49, foi extraditado do Paraguai para cumprir pena de 17 e nove meses no Brasil
Julho de 2018 – O brasileiro Eduardo Aparecido de Almeida, 39, considerado o chefe regional do PCC, no Paraguai e Bolívia, é preso em Assunção, capital paraguaia
Novembro de 2018 – O Paraguai expulsa do país o traficante Marcelo Piloto, apontado como um dos líderes do CV, e o também traficante Rovilho Alekis Barboza, conhecido como Bilão, e integrante da facção criminosa PCC
Fevereiro de 2019 – Considerado pelas autoridades policiais como o chefe do PCC na fronteira do Brasil com o Paraguai, Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, conhecido como Minotauro é preso pela Polícia Federal em Balneário Camboriú (SC)
Abril de 2019 – A Polícia Federal apreendeu cerca de meia tonelada de cocaína no momento em que um helicóptero, que transportava a droga, havia pousado para reabastecer na zona rural de Presidente Prudente (558 km de SP). A organização criminosa que usava o helicóptero buscava a droga no Paraguai
Dezembro de 2019 – Sob o argumento de que há “níveis críticos de violência” e ações da facção criminosa PCC na região, o Ministério Público Federal decidiu fechar o seu prédio em Ponta Porã (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai, e transferir suas atividades para a cidade de Dourados (MS), a 120 km de distância.
Fonte: Gaúcha ZH
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