Defesa de condenado por morte de menina de 7 anos pedirá anulação de júri em Caxias do Sul
Quinta, 03 de Dezembro de 2020 às 21:55

A defesa de Juliano Vieira Pimentel de Souza, condenado pelo estupro e morte de Naiara Soares Gomes, de 7 anos, disse ao G1 que vai pedir anulação do júri, realizado na última quarta-feira (2), em Caxias do Sul, na serra gaúcha, onde o crime aconteceu, em 2018.
Os advogados André Willian Brites Parmanhani, Andrey da Silva Moreira e Marcelo Von Saltiel de Andrade devem entrar na sexta-feira (4) com petição informando ao Tribunal de Justiça que irão entrar com o recurso.
Ao G1, o defensor Marcelo Von Saltiel informou que a defesa entende que uma manifestação de uma testemunha, da família da vítima, na frente dos jurados, atrapalhou e influenciou a decisão deles.
O advogado não informou o que seria essa manifestação, mas o G1 apurou que a testemunha falou que iria se mudar de Caxias caso Juliano fosse posto em liberdade, enquanto chorava.
Em paralelo, os advogados tentarão reduzir a pena de Juliano em um dos crimes. Ele foi sentenciado a 23 anos, seis meses e 20 dias pelo homicídio triplamente qualificado, 12 anos pelo estupro de vulnerável e um ano pela ocultação.
"A defesa entende que não houve proporcionalidade na dosimetria [cálculo] da pena do homicídio", diz.Juliano, que foi preso algumas semanas após o crime, falou somente uma vez à Polícia Civil, quando confessou os crimes e indicou a localização do corpo de Naiara, que era procurada pela região de Caxias.
Em depoimentos na fase de inquérito e durante o processo penal, usou o direito de ficar em silêncio. À defesa, assumiu que cometeu a violência sexual, e disse que não teve intenção de matar, conforme Von Saltiel.Relembre o caso
Naiara Soares Gomes foi considerada desaparecida após ir para a escola, no bairro São Caetano, em 9 de março de 2018. Imagens de câmeras de segurança mostravam a menina andando sozinha pelas ruas.
No dia 21, o corpo de Naiara foi encontrado pela polícia às margens da Barragem do Faxinal, no interior de Caxias do Sul.
No mesmo dia, um homem foi preso suspeito pelo crime, e confessou ser o autor.
Laudos periciais confirmaram que Naiara morreu por asfixia, e que foi estuprada antes de morrer.
A Polícia Civil indiciou o homem por estupro de vulnerável com morte e ocultação de cadáver.
Além disso, ele também foi condenado por outro crime, contra outra menina, que sobreviveu ao ataque.
O caso gerou revolta na população de Caxias do Sul. A casa onde o homem morava, e onde ocorreram os estupros, foi demolida.
Os advogados André Willian Brites Parmanhani, Andrey da Silva Moreira e Marcelo Von Saltiel de Andrade devem entrar na sexta-feira (4) com petição informando ao Tribunal de Justiça que irão entrar com o recurso.
Ao G1, o defensor Marcelo Von Saltiel informou que a defesa entende que uma manifestação de uma testemunha, da família da vítima, na frente dos jurados, atrapalhou e influenciou a decisão deles.
O advogado não informou o que seria essa manifestação, mas o G1 apurou que a testemunha falou que iria se mudar de Caxias caso Juliano fosse posto em liberdade, enquanto chorava.
Em paralelo, os advogados tentarão reduzir a pena de Juliano em um dos crimes. Ele foi sentenciado a 23 anos, seis meses e 20 dias pelo homicídio triplamente qualificado, 12 anos pelo estupro de vulnerável e um ano pela ocultação.
"A defesa entende que não houve proporcionalidade na dosimetria [cálculo] da pena do homicídio", diz.Juliano, que foi preso algumas semanas após o crime, falou somente uma vez à Polícia Civil, quando confessou os crimes e indicou a localização do corpo de Naiara, que era procurada pela região de Caxias.
Em depoimentos na fase de inquérito e durante o processo penal, usou o direito de ficar em silêncio. À defesa, assumiu que cometeu a violência sexual, e disse que não teve intenção de matar, conforme Von Saltiel.Relembre o caso
Naiara Soares Gomes foi considerada desaparecida após ir para a escola, no bairro São Caetano, em 9 de março de 2018. Imagens de câmeras de segurança mostravam a menina andando sozinha pelas ruas.
No dia 21, o corpo de Naiara foi encontrado pela polícia às margens da Barragem do Faxinal, no interior de Caxias do Sul.
No mesmo dia, um homem foi preso suspeito pelo crime, e confessou ser o autor.
Laudos periciais confirmaram que Naiara morreu por asfixia, e que foi estuprada antes de morrer.
A Polícia Civil indiciou o homem por estupro de vulnerável com morte e ocultação de cadáver.
Além disso, ele também foi condenado por outro crime, contra outra menina, que sobreviveu ao ataque.
O caso gerou revolta na população de Caxias do Sul. A casa onde o homem morava, e onde ocorreram os estupros, foi demolida.
Fonte: G1 RS, Foto: Reprodução/RBSTV
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