Começam as audiências sobre a morte de menino de 11 anos em Planalto; pai é primeiro a depor
Quarta, 09 de Dezembro de 2020 às 14:45

Rodrigo Winques começou a ser ouvido às 13h50. Outras 21 testemunhas serão ouvidas até 17 de dezembro. Último depoimento será de Alexandra Dougokenski, ré pela morte do filho Rafael, no dia 18.
A Justiça recomeçou a ouvir, nesta quarta-feira (9), os envolvidos na morte de Rafael Winques, de 11 anos, em Planalto, no Norte do estado. Ele foi morto no dia 15 de maio, mas o corpo só foi localizado 10 dias depois quando a mãe, Alexandra Dougokenski, confessou o crime.
O primeiro depoimento é do pai da vítima, Rodrigo Winques, que é ouvido presencialmente, numa sala de audiência. Ele pediu à juíza para que Alexandra, que está na Penitenciária Feminina de Guaíba, não acompanhe o depoimento. O pedido foi aceito.
Rodrigo diz que não esteve em Planalto na semana anterior ao crime. Última visita à cidade teria sido no início da pandemia. "Tá muito ruim, sabe. Perde a graça", diz Rodrigo sobre como está a vida sem o filho.
Sobre o relacionamento com Rafael, desde que o filho se mudou para Planalto, diz que não mantinha contato diário, mas seguidamente "falava pelo telefone". Segundo Rodrigo, a mãe às vezes não deixava ele conversar muito com o filho.
Depoimentos
Rodrigo e mais duas pessoas foram ouvidas em audiência, no dia 1º de outubro, mas a defesa da ré solicitou novas oitivas, pois, à época, ainda não havia acessado documentos anexados aos autos do processo. Os depoimentos anteriores permanecem válidos.
Depois, na quinta (10), o namorado de Alexandra na época, Delair de Souza, uma professora, um vizinho e a mãe de um amigo do menino serão ouvidos novamente. Um inspetor de polícia também será ouvido.
Os delegados Eibert Moreira Neto e Ercílio Raulileu Carletti, além de uma perita do Instituto-Geral de Perícias (IGP), prestam depoimentos na sexta (11).
Na próxima semana, a partir de segunda (14), outros médicos e peritos do IGP, uma representante do Conselho Tutelar e uma professora de Rafael também serão ouvidos. No mesmo dia, a Justiça deve ouvir ainda uma testemunha de defesa, a mãe e um irmão de Alexandra, e o outro filho dela, irmão mais velho de Rafael, um adolescente que estava em casa na noite do crime.
No dia 17, uma tia de Rafael por parte de pai, três amigos de Rodrigo e o proprietário do imóvel onde ele reside estão entre os depoentes. Também será ouvida uma testemunha de defesa.
Alexandra Dougokenski, ré pelo assassinato do filho, será a última a depor, no dia 18.
Relembre o caso
Rafael Mateus Winques, de 11 anos, estava desaparecido desde o dia 15 de maio, em Planalto. Dez dias depois, a Polícia Civil encontrou o corpo do menino em uma caixa de papelão no terreno em frente à casa em que morava com a mãe e o irmão.
Alexandra Salete Dougokenski admitiu o crime, em depoimento à polícia, mas alegou se tratar de morte acidental por excesso de dosagem em um medicamento.
No entanto, um laudo do IGP apontou como causa da morte asfixia mecânica por estrangulamento. Alexandra, então, mudou a versão apresentada e admitiu o estrangulamento.
O IGP realizou um trabalho de reconstituição e apontou contradições nos depoimentos.
Em julho, o Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou Alexandra por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
Em setembro, o pai, uma professora e o então namorado da mãe foram ouvidos na primeira sessão da audiência sobre o crime. A segunda foi cancelada após defesa e acusação não terem acesso aos anexos do processo.
Alexandra segue presa preventivamente desde julho.
A Justiça recomeçou a ouvir, nesta quarta-feira (9), os envolvidos na morte de Rafael Winques, de 11 anos, em Planalto, no Norte do estado. Ele foi morto no dia 15 de maio, mas o corpo só foi localizado 10 dias depois quando a mãe, Alexandra Dougokenski, confessou o crime.
O primeiro depoimento é do pai da vítima, Rodrigo Winques, que é ouvido presencialmente, numa sala de audiência. Ele pediu à juíza para que Alexandra, que está na Penitenciária Feminina de Guaíba, não acompanhe o depoimento. O pedido foi aceito.
Rodrigo diz que não esteve em Planalto na semana anterior ao crime. Última visita à cidade teria sido no início da pandemia. "Tá muito ruim, sabe. Perde a graça", diz Rodrigo sobre como está a vida sem o filho.
Sobre o relacionamento com Rafael, desde que o filho se mudou para Planalto, diz que não mantinha contato diário, mas seguidamente "falava pelo telefone". Segundo Rodrigo, a mãe às vezes não deixava ele conversar muito com o filho.
Depoimentos
Rodrigo e mais duas pessoas foram ouvidas em audiência, no dia 1º de outubro, mas a defesa da ré solicitou novas oitivas, pois, à época, ainda não havia acessado documentos anexados aos autos do processo. Os depoimentos anteriores permanecem válidos.
Depois, na quinta (10), o namorado de Alexandra na época, Delair de Souza, uma professora, um vizinho e a mãe de um amigo do menino serão ouvidos novamente. Um inspetor de polícia também será ouvido.
Os delegados Eibert Moreira Neto e Ercílio Raulileu Carletti, além de uma perita do Instituto-Geral de Perícias (IGP), prestam depoimentos na sexta (11).
Na próxima semana, a partir de segunda (14), outros médicos e peritos do IGP, uma representante do Conselho Tutelar e uma professora de Rafael também serão ouvidos. No mesmo dia, a Justiça deve ouvir ainda uma testemunha de defesa, a mãe e um irmão de Alexandra, e o outro filho dela, irmão mais velho de Rafael, um adolescente que estava em casa na noite do crime.
No dia 17, uma tia de Rafael por parte de pai, três amigos de Rodrigo e o proprietário do imóvel onde ele reside estão entre os depoentes. Também será ouvida uma testemunha de defesa.
Alexandra Dougokenski, ré pelo assassinato do filho, será a última a depor, no dia 18.
Relembre o caso
Rafael Mateus Winques, de 11 anos, estava desaparecido desde o dia 15 de maio, em Planalto. Dez dias depois, a Polícia Civil encontrou o corpo do menino em uma caixa de papelão no terreno em frente à casa em que morava com a mãe e o irmão.
Alexandra Salete Dougokenski admitiu o crime, em depoimento à polícia, mas alegou se tratar de morte acidental por excesso de dosagem em um medicamento.
No entanto, um laudo do IGP apontou como causa da morte asfixia mecânica por estrangulamento. Alexandra, então, mudou a versão apresentada e admitiu o estrangulamento.
O IGP realizou um trabalho de reconstituição e apontou contradições nos depoimentos.
Em julho, o Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou Alexandra por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
Em setembro, o pai, uma professora e o então namorado da mãe foram ouvidos na primeira sessão da audiência sobre o crime. A segunda foi cancelada após defesa e acusação não terem acesso aos anexos do processo.
Alexandra segue presa preventivamente desde julho.
Fonte: Por G1 RS, Foto: Divulgação/Polícia Civil
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