Comitês científico recomenda suspensão da cogestão e faz recomendações aos prefeitos
Segunda, 22 de Fevereiro de 2021 às 07:35

Na noite deste domingo, o Comitê Científico do governo do Estado, coordenado pelo secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, emitiu uma nota recomendando a suspensão do sistema de cogestão. Diz a nota: "Baseado nos indicadores epidemiológicos e considerando a gravidade da situação da pandemia de covid-19 em todo o Estado, o Comitê Científico recomenda fortemente a suspensão do sistema de cogestão".
O comitê divulgou também uma recomendação aos gestores, atualizando informações divulgadas anteriormente. Confira a íntegra:
"Estamos vivendo o pior momento da pandemia no nosso estado, conforme os boletins diários de casos e hospitalizações: https://planejamento.rs.gov.br/comite-de-dados
Além de termos os maiores números de pacientes internados (1.743 pacientes internados fora das UTIs e 1.038 em UTIs) e a maior velocidade de aumento desde o início da pandemia (média de 160 pacientes internados por dia fora das UTIs nos últimos 5 dias), as equipes de saúde estão esgotadas.
Houve um aumento muito brusco das internações nos últimos dias, o que levou vários hospitais a tomarem medidas como a suspensão de cirurgias eletivas e outros atendimentos.
Isso ocorreu antes do efeito das aglomerações do feriado de Carnaval, ou seja: baseados nos modelos de propagação da epidemia utilizados até o momento, estamos nos encaminhando para um esgotamento do sistema de saúde.
Diante disso, o comitê científico recomenda aos gestores que considerem as seguintes medidas:
1. Aumentar o rigor das medidas de distanciamento físico e redução de circulação de pessoas, principalmente limitando aglomerações em locais fechados. Exemplos: suspender festas e eventos, restaurantes somente com comida para levar ou com ambientes ao ar livre.
2. Verificar e garantir infraestrutura hospitalar face ao agravamento dos casos. Exemplos: equipes, estoques de oxigênio e EPIs.
3. Dedicar especial atenção à política de testagem. Considerar o uso de Diagnóstico por teste rápido de antígenos para isolamento mais rápido de casos e contatos.
4. Promover campanhas massivas de comunicação ressaltando a importância das medidas de proteção, como distanciamento e uso de máscaras bem ajustadas.
5. Incentivar a indústria produzir mais máscaras de boa qualidade e que os empregadores forneçam maciçamente estas máscaras aos colaboradores que precisam se manter em trabalho presencial.
6. Incentivar as empresas e instituições que mantenham ambientes ventilados e possibilitem o trabalho remoto sempre que possível.
7. Avaliar as opções de distribuição de máscaras para a população e/ou subsídio para a aquisição de máscaras de boa qualidade.
8. Revisar os protocolos de segurança diante das novas evidências, que focam na diminuição da transmissão pelo ar e reduzem a importância de medidas como limpeza de superfícies ou mensuração de temperatura.
Fonte: Marcos Benites - Notícias com informações de Gaúcha ZH, Foto: Reprodução
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