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Empregos com carteira assinada no RS chegam perto do nível anterior à pandemia
Segunda, 05 de Abril de 2021 às 07:48
Estoque de vagas formais em fevereiro era de 2,584 milhões, ou seja, 2,1 mil a menos do que em igual período de 2020.
Puxado pela indústria, o Rio Grande do Sul registra melhora no mercado de trabalho com carteira assinada. Sinal disso é que, em fevereiro, o nível de empregos formais encostou no patamar verificado no pré-pandemia. Contudo, a recente piora da crise sanitária ameaça o desempenho gaúcho no momento e espalha incertezas no cenário dos próximos meses.

Para analisar o quadro, GZH consultou dados do Caged, o cadastro de vagas formais do Ministério da Economia. Graças à reação vista a partir do segundo semestre de 2020, o estoque de empregos chegou a 2,584 milhões em fevereiro, no Estado. É quase o mesmo nível de vínculos de igual mês do ano passado, às vésperas dos primeiros casos de coronavírus.Em fevereiro de 2020, o Rio Grande do Sul tinha 2,586 milhões de postos em estoque. Na prática, a comparação mostra que os gaúchos ainda têm de recuperar 2,1 mil empregos com carteira para alcançar o nível pré-pandemia.
Após amargar demissões em massa no começo da crise, o Estado voltou a ter saldo positivo de vagas (mais contratações do que cortes) em julho de 2020. Até fevereiro de 2021, houve sete meses de avanço na geração de postos de trabalho – a exceção foi dezembro.
Além da retomada de atividades, programas federais de estímulo aos negócios e preservação de empregos também geraram reflexos no mercado formal, dizem analistas. Entre as iniciativas, está o Benefício Emergencial (BEm), que freou demissões ao autorizar, em 2020, a suspensão de contratos e a redução de jornada e salários.

Trabalhadores impactados pelo BEm tiveram direito à estabilidade por período igual ao de suspensão ou corte de jornada – em fevereiro, 3,4 milhões ainda gozavam da garantia provisória no Brasil. Com a piora da pandemia, empresários pedem a renovação do programa, mas o governo não tirou o projeto da gaveta até o momento.

No Rio Grande do Sul, dos cinco grandes setores contemplados pelo Caged, quatro superaram o nível de empregos verificado no pré-pandemia. Pelo lado positivo, a indústria é o segmento que mais chama atenção. Em fevereiro de 2021, o estoque de vagas nas fábricas chegou a quase 680 mil. Em igual mês do ano passado, eram 668,2 mil. Ou seja, no intervalo de um ano, a indústria criou 11,8 mil oportunidades, alta de 1,8%.

O setor de serviços, o maior da economia, pegou a contramão. É o único que ainda segue com nível de empregos abaixo do registrado antes da chegada da covid-19. Em fevereiro deste ano, o segmento tinha 1,056 milhão de vagas em estoque – 18,7 mil a menos do que em igual mês de 2020.
Fonte: LEONARDO VIECELI | GAÚCHA ZH, Foto: Pixabay/Ilustração
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